terça-feira, 4 de maio de 2010

Erros e acertos

O quanto bons nós somos?
Dá pra medir?
Quem nos julgaria?
Pois é... Aquele que nunca errou que atire a primeira pedra?
Chego a conclusão que nós somos nossos próprios juízes, e nós mesmos nos damos nossas sentenças e as fazemos cumprir.
Claro, há algumas impunidades... E claro há tribunais de apelação em nossa consciência também. Quem nunca voltou atrás na vida?
Mas como julgamos nossas ações?
Posso estar esquecendo de algo, mas na maioria das vezes nós nos julgamos tendo como base a nossa educação (aquela dada pelos nossos pais), com base no que entendemos como comum (o que vemos as outras pessoas fazer e entendemos ser o certo), com base em nossa consciência religiosa (o que Deus entende ser o certo e errado), e, as vezes, com base no conselho de pessoas em que confiamos.
Muitos fundamentos não? Então na maioria das vezes nossos julgamentos são corretos certo?
Não tenho tanta certeza.
Quantas vezes discordamos de nossos pais? Quantas vezes nos entregamos a práticas comuns que sob uma melhor reflexão sem dúvida entenderíamos serem erradas? E quantas vezes a palavra de Deus foi interpretada em sentidos diferentes apenas para atender a vontade do intérprete?
Somos juízes falhos?
Com certeza.
E como podemos nos corrigir então?
Não tenho a resposta.
Mas não há nada que possamos fazer para nos tornarmos pessoas melhores?
Eu diria que tentar encontrar a paz consigo mesmo já é um grande começo. Mas mesmo isso requer muita paciência e disciplina.
Sabe, um grande problema é o ego de algumas pessoas. A vaidade e a fragilidade delas faz com que elas se bastem em si, ou seja, não precisem de nada nem de ninguém. São unipotentes. Criam muralhas que as afastam do mundo ao redor.
Para essas pessoas que se acham "duronas" o caminho é bem mais difícil. Por que? Porque não há problema. Pelo menos não da parte delas.
Para outras, digamos, mais "corações moles", a dificuldade é grande também, pois estão sempre muito pacientes com os erros dos outros e não enchergam que quanto mais atrasam a mudança mais prologam sua própria dor.
Mas a solução, como eu disse, não é clara nem evidente. Duvido mesmo que exista uma.
Está tudo perdido então? O mundo é um lugar de infelizes?
Acho que não. O mundo é um lugar de crianças que ainda não alcançaram a maturidade intelectual para que ele se torne um lugar de felicidade.
O grande problema, no meu ponto de vista, é que estão faltando educadores para essas crianças.
Até agora, elas tem cuidado delas mesmas sozinhas...

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