sexta-feira, 30 de abril de 2010

Surrasco na casa do Creiton!

Sabadão foi "surrasco" na casa do Creiton...
Creiton acordou ancioso, pois já fazia uma semana que não rolava aquele churrasquinho na laje que ele tanto curte.
Acordou a patroa, dona Jucimara, pro sarro matinal. Afinal precisava acordar bem disposto!
Depois de uma rapidinha tomou um banho de caneco e foi até a venda comprar "umas Brama."
Ficou puto porque seu Maneco só liberava os cascos se ele deixa-se um vale. Pô, logo ele, Creiton, morador do Morro do Macaco Pelado a mais de 15 anos, figura notória no rachão do Binha de todo santo domingo! Resignado deixou o vale e levou uma caixa.
Em casa o barulho era ensurdecedor, Jheniffer ouvia Funk no volume máximo do aparelho de som comprado nas Casas Bahia em suaves 30 prestações mensais. Enquanto isso, Wildisley, filho mais novo de Creiton, empinava seu morcego na laje, perto dos fios de alta tensão.
Creiton chegou em casa, colocou as Brama no isopor e desceu de novo pro mercado, agora junto de dona Jucimara, que também precisava comprar "módsi", pois estava "naqueles dia".
Fazia um sol de rachar naquele sábado de verão. Até a sombra de Creiton parecia suar.
Dona Jucimara, passo a passo, descia os degraus da favela com cuidado porque se desse mole e catesse um cavaco naquela descida seria gesso na certa.
Creiton, já acostumado, descia vuado, mas deu uma topada que quase arrancou a unha do dedão do pé direito. Nada que uma mangueirada na garagem do prédio em que seu amigo Cissinho era porteiro não curasse.
Já no mercado, no Setor de Frios, Creiton, surpreso com o preço do Lagarto e do Patinho, fazia as contas de cabeça enquanto dona Jucimara escolhia uma marca de "módisi" mais em conta.
Feitas as compras só faltava passar na venda do Chico e convidar a rapaziada...

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